Seguidores

domingo, 18 de dezembro de 2011

Educação em todo lugar



Não é só na escola que descobrimos coisas novas. O aprendizado pode acontecer em qualquer lugar e não é necessariamente algo chato ou metódico. Em linhas gerais, aprender significa colocar em prática um novo conhecimento, seja uma receita de bolo, seja o nome de uma árvore, seja uma música ou seja um conceito de física. "Em geral, o aprendizado acontece da seguinte maneira: observamos algo desconhecido, manipulamos, organizamos, classificamos e utilizamos esse conhecimento em situações novas", explica Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da faculdade de Educação da PUC-SP.

Por meio de uma brincadeira, por exemplo, a criança pode aprender habilidades sociais que serão fundamentais na vida adulta. "Na brincadeira a criança fica ativa tanto mentalmente quanto fisicamente. É uma forma de ela interagir, aprender a seguir regras, contestar e desenvolver autonomia", diz Maria Ângela, que também coordena o núcleo de cultura e estudos do brincar da PUC-SP. É por isso que, durante as férias, também é possível aprender muito - seja em viagens, seja em passeios na própria cidade, seja em casa: lendo um livro ou jogando cartas com os amigos. Em sala de aula, o aprendizado passa por um planejamento, fora dela acontece naturalmente, é absolutamente informal, mas não menos importante. "Não é só indo na escola que se aprende. Crianças e jovens podem aprender com avós, tios e até mesmo entre eles", diz a professora.

Os pais, por sua vez, têm um papel fundamental na aprendizagem dos filhos. "Ouvir músicas juntos, ler livros, andar de bicicleta, além de ensinar, estabelece vínculos maiores entre pais e filhos", diz Maria Ângela Barbato Carneiro. Dependendo da abordagem usada pelos pais, uma visita ao museu pode ser muito divertida. "Não podemos adotar um discurso chato e professoral na hora de levar crianças e jovens a cinemas, museus e teatros. É preciso associar esses programas ao lazer", diz Verônica Dias, professora de cinema e televisão da PUC. O segredo é respeitar o tempo do jovem e da criança.

À medida que o jovem vai criando um repertório, é legal oferecer mais diversidade, sem forçar nada, é claro. Se ele só comer arroz e feijão não saberá que gosta de macarrão. A única maneira de alguém descobrir se gosta de uma atividade é experimentando. "As pessoas só se interessam por aquilo que têm contato. A criança e o jovem não vão gostar de livros, museus e filmes se não forem apresentados a esse universo", diz Verônica Dias, professora de cinema e televisão da PUC.

Mas espera aí? Férias não são para descansar? O descanso não é importante para a mente relaxar e ficar pronta para novos conteúdos? "Sim, a criança nas férias também tem de brincar, ficar em casa e com os amigos", diz Luciana Fevorini, coordenadora pedagógica do ensino fundamental e médio do Colégio Equipe. Mas há crianças que têm energia demais pra ficarem paradas. O mais importante nesse período é não forçar a nada e deixá-las escolher o que vão fazer. Dessa maneira, elas poderão aproveitar e aprender mais.

Fonte Educar pra Crescer

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Como se divertir e aprender em casa



Para afastar seu filho de um mês em frente à TV a receita são os jogos e as brincadeiras. Jogos de cartas e de tabuleiros são divertidos e podem ensinar muita coisa. "Você estimula o raciocínio, mas também aprende a lidar com regras, dificuldade, interagir com os outros e até a perder", diz Luciana Fevorini. Muita gente acha que brincadeira só serve pra divertir, o que é um erro. Na infância, as brincadeiras são uma das principais fontes de aprendizado. "Nelas as crianças podem errar e tentar de novo sem se frustrar. É uma forma dela interagir, aprender a seguir regras, contestar e se expressar", diz Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da faculdade de Educação da PUC-SP DICA: Procure conversar com seu filho sobre o que ele brincou no dia. Dê asas à imaginação dele e estimule coisas novas.

Fonte: Educar para crescer

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A ORIGEM DO CORDEL
 
*
 
Foi na oralidade
Que brotou nosso cordel
Na voz do cantador
Rapsodo, menestrel
Do semi-árido nordestino
Do  casebre campesino
Ao salão do coronel. 

Surgem as tipografias
Com um trabalho de artesão
Leandro Gomes de Barros
Faz a primeira impressão
Começa a literatura
De tradição e cultura
Com os motivos do sertão.

Mas a viola não parou
De tocar o seu baião
Acompanhando os cantadores
Nos confins do meu sertão
E o poeta de bancada
Fez da caneta espingarda
Defendendo  tradição.

No Brasil da ignorância
O cordel foi a  salvação
Divertiu e informou
E orientou  o cidadão
Muito humilde e explorado
Quase sempre castigado
Pelas secas do sertão.

As mulheres no cordel
Sempre fizeram bonito
Xica  Barroso e Tabana
Hoje cantão no infinito.
Mas Mocinha de Passira
Como uma agulha de safira
Vai ampliando seu grito.

Em nossa academia
No palco ou no plenário
Tem a Madrinha Mena
Tem a  Dalinha e a Rosário
Trabalhando noite e dia
No mundo da poesia
Sem troféu e sem salário.

Neste instante eu apelo
As elites da nação
A cultura de raiz
Merece mais atenção
Porque a mídia é só consumo
Não tem esquadro nem prumo
Para erguer um cidadão.

Nosso cordel tem assunto
Pra qualquer academia
Seja na literatura
Ou na antropologia
Costumes e tradições
Coronéis e lampiões
Eu deixo pra sociologia.

O encontro de poetas
E rodas de cantoria
É um projeto do Fernando
Com sua sabedoria
Ele traçou os itinerários
Convidou os operários
Das sendas da poesia.

Autor: IVAMBERTO
RIO DE JANEIRO
12-03-2011.
Visite também: www.cantinhodadalinha.blogspot.com
www.rosáriocordel.blogspot.com