Seguidores

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Jogo da Memória Gigante - Animais







Jogo da memória gigante feito com caixas de papelão. 

Na escola, todas as crianças recebem material escolar como: cadernos, canetinhas coloridas, lápis de cores, régua, tesourinha, lápis de escrever, borracha, apontador. Tais materiais são entregues às crianças dentro de caixas de papelão de tamanho médio e de formato retangular. Ao receberem os materiais, muitas crianças e seus pais descartam essas caixas. Assim, com o intuito de reutilizá-las, recolhemos todas as caixas e fizemos o jogo da memória gigante, com a participação das crianças.

MATERIAIS:
  • Caixas de papelão
  • Jornal
  • Tinta guache preta
  • Fita adesiva transparente
  • Fita crepe ou fita gomada
  • Xerox duplas de figuras de bichos (ou outra de sua preferência no tamanho da caixa, no caso da caixa utilizada, usei o mesmo tamanho de papel A-4).

Modo de fazer o jogo:

As crianças participam na construção do jogo, ao colocarem bolinhas de jornal dentro das caixas, até preencher todos os espaços. 
Fecha-se as caixas com fita crepe ou fita gomada, pois as mesmas podem receber tinta.
Logo após, as crianças pintam as caixas com tinta guache preta.
Por fim, cola-se as figuras duplicadas de animais, uma em cada caixa (ou outra de preferência). Passa-se fita adesiva transparente cobrindo todas as caixas.
Depois é só usar a memória e se divertir com as crianças!









sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Musica: Bouboukalakala a dit que (Bubukalakala ele disse..)




Musica: Bouboukalakala a dit que (Bubukalakala ele disse..)
Música e animação de ARBMusic
Língua: Francês
Pesquisa, tradução e adaptação: DNA - África - Diásporas das Nações Africanas (Miranda)
Bouboukalakala a dit é uma brincadeira bem semelhante a "fazer o que seu mestre mandar", e a palavra "Bouboukalakala" não tem nenhum significado, é como "adoleta", apenas para fazer rima e deixar a brincadeira mais divertida.
Então bouboukalakala, divirtam-seeeee!!!
Bouboukalakala a dit que
(Bubukalakala ele disse)
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse
Dance como uma cobra
Rasteje e gire em sua volta
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse
Dance como um leão
Corra rapidamente e pule
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse
Dance como um crocodilo
Rasteje e nade
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse
Dance como uma galinha
Bata as asas e bique
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse
Dance como uma girafa
Corra e balance o pescoço
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse
Dance como um elefante
Marche e se balance
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse
Dance como crianças
Entre na roda e salte.
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse
Bubukalakala ele disse

Música de roda africana. Olélé moliba makasi (Olelê! A correnteza é muito forte)




Nome: Olélé moliba makasi
(Olelê! A correnteza está forte!)
Criado por ARBMusic
Línguas: Lingala e francês
Tradução e pesquisa: DNA - África - Diáspora das Nações Africanas (Miranda)
Mais uma música de roda africana, e dessa vez tem tradução!
Oh que delícia, então peguem seus pequenos barqueiros e remem com eles, a coreografia fica a encargo de vocês..."olelê,olelê, olelê moliba makasi"!!!!!
Mais do que uma simples brincadeira, essas canções e ilustrações trazem a tona o valor da representatividades, quantas crianças negras estão se vendo nesse barquinho agora?!
Representatividade importa sim!!!!

Tradução:
Olelê
Olelê
Olelê
A correnteza está forte*
Olelê
Olelê
Olelê
A correnteza está forte
Ei barqueiro
Pegue seus remos
E empurre a água para atrás de você
Olelê
Olelê
Olelê
A correnteza está forte
Olelê
Olelê
Olelê
A correnteza está forte
Barqueiro! Você rema forte!
Você rema rápido!
Sua canoa desliza na água!
Olelê
Olelê
Olelê
A correnteza está forte
Olelê
Olelê
Olelê
A correnteza está forte
Barqueiro, você ainda está de pé
Vamos, reme
Vamos
A Kinshasa** (Pode ser substituído pelo nome de outra cidade)
Olelê
Olelê
Olelê
A correnteza está forte
Olelê
Olelê
Olelê
A correnteza está forte
Olelê
Olelê
Olelê
A correnteza está forte
*Tradução da língua lingala
**Kinshasa: Capital da República Democrática do Congo

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Princesas Africanas

Leitura sobre a cultura africana, e a importância de conhecermos e valorizarmos as raízes negras de todos nós. Africanidades na escola com leituras que buscam debater e discutir sobre nossa nossa história, nossa raça, nossa cor.




LEITURAS Compartilhadas: Princesas Africanas, ano 9, n. 19, mar. 2009.
Autores: Ana Claudia Maia (ed.) e outros
Ilustradora: Taisa Borges
Ano: 2009
Acesse o link dessa postagem:

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Projeto Fome de Ler



Uma fome por aprender e por Ler. Fome de Leitura - Projeto da Professora alfabetizadora Rochelly Alves do Monte. Escola Municipal Hilza Diogo Cals.

domingo, 24 de abril de 2016

Dez livros infantis que abordam temas de gente grande

Universo adulto em temas como: Política, democracia, questões de gênero, arte e arquitetura também são interessantes para pequenos leitores. Conheça algumas dessas obras


1- QUEM MANDA AQUI
FOTO: REPRODUÇÃO
 'QUEM MANDA AQUI' DISCUTE RELAÇÕES DE PODER EM VÁRIAS ESFERAS
 
A ideia do livro, lançado pela Companhia das Letras, é apresentar política para crianças. Para isso, seus autores realizaram uma série de oficinas - como resultado, os pequenos são coautores da obra. ‘Quem manda aqui?’ descreve as relações de poder em várias esferas - escravidão, trabalho, escola e processos políticos.

2 - COLEÇÃO BOITATÁ
FOTO: REPRODUÇÃO
 ILUSTRAÇÃO DE 'A DEMOCRACIA PODE SER ASSIM', DE MARTA PINA
 
Com títulos como “A democracia pode ser assim”, “Existem classes sociais e “A ditadura é assim”, a coleção quer despertar o questionamento crítico e o senso de justiça social nos pequenos leitores. A série foi elaborada originalmente por educadores espanhóis logo após a queda da ditadura de Francisco Franco, no final dos anos 1970, e foi relançada no Brasil com um novo projeto gráfico pela Editora Boitempo.
3 - QUANDO AS CORES FORAM PROIBIDAS
livro de Monica Feth narra a trajetória de um povo que perdeu seu presidente e viu um homem rico e ambicioso tomar o poder. O país feliz e colorido deu lugar a uma nação reprimida: o novo governante odiava a felicidade e todo dia inventava nova regras. Os contestadores eram enviados para a prisão. Na história, Monica aborda temas como a democracia e a responsabilidade na hora de escolher um governante.
4 - MALALA, A MENINA QUE QUERIA IR PARA A ESCOLA
FOTO: DIVULGAÇÃO
Livro infantil de Adriana Carranca narra a história de Malala Yousafzai
 LIVRO INFANTIL DE ADRIANA CARRANCA NARRA A HISTÓRIA DE MALALA YOUSAFZAI
 
Na obra, a jornalista brasileira Adriana Carranca narra a história real de Malala Yousafzai, a garota paquistanesa vítima de um atentado do Taleban em 2012 e que foi a mais jovem personalidade a receber um prêmio Nobel da paz. Adriana conheceu a região em que Malala cresceu, e narrou a história da jovem ativista em uma obra com linguagem adaptada para as crianças e belas ilustrações.
5- A AVÓ ADORMECIDA
FOTO: DIVULGAÇÃO
 'A AVÓ ADORMECIDA' EXPLORA O TEMA DA MORTE COM LEVEZA E POESIA
 
O educador italiano Roberto Parmeggiani encontrou um jeito sutil e lúdico para lidar com um tema difícil tanto para crianças quanto para adultos: a morte. Em “A avó adormecida”, uma criança faz um paralelo entre a avó e a Bela Adormecida. A obra mostra a morte como algo inescapável - mas sem tristeza, com poesia. A avó não volta mais, mas a saudade fica.
6 - AH, SE A GENTE NÃO PRECISASSE DORMIR
FOTO: DIVULGAÇÃO
 A ARTE DE KEITH HARING É INTERPRETADA POR CRIANÇAS EM 'AH, SE A GENTE NÃO PRECISASSE DORMIR'
 
É um livro sobre arte - na verdade, sobre como crianças percebem a arte. Elas foram convidadas para comentar a obra de Keith Haring: ao longo das páginas, o livro separa os desenhos do artista por temas e os depoimentos com interpretação das crianças sobre eles. Na edição brasileira, lançada pela Cosac Naify, há uma reportagem do jornalista Mario Cesar Carvalho sobre o artista, e a quarta capa foi feita pelos grafiteiros Osgemeos.
7 - A CIDADELA
FOTO: REPRODUÇÃO
 'A CIDADELA' NARRA A CONTRUÇÃO DO SESC POMPEIA
 
A obra apresenta às crianças a arquiteta italiana Lina Bo Bardi, morta em 1992. A narrativa mostra como Lina transformou uma fábrica abandonada em um espaço cultural - no caso, o Sesc Pompeia, na Zona Oeste de São Paulo. O nome “A cidadela” vem do apelido que a própria arquiteta deu ao prédio. A obra é a primeira da Coleção Arranha Céu, da editora C4.
8 - NOÇÕES DE COISAS
Em 1995, o antropólogo Darcy Ribeiro surpreendeu ao lançar uma obra infanto-juvenil: “Noções de coisas”. Ilustrada por Ziraldo, ela explora a noção que as pessoas têm em torno de coisas e fatos comuns: a eletricidade, o vírus, o zero e o dinheiro, por exemplo. A obra está esgotada, mas é possível encontrá-la em sebos online.
9 - OS TRÊS LADRÕES
FOTO: REPRODUÇÃO
 ILUSTRAÇÃO DE CAPA DE 'OS TRÊS LADRÕES'
 
O livro mais famoso de Tomi Ungerer explora o universo dos ladrões: eles não são pessoas necessariamente ruins, mas equivocadas. O autor, que transita entre a subversão do pornô, projetos de arte e livros infantis, teve a carreira marcada por duras críticas. Em 1998, foi reconhecido com o prêmio Hans Christian Andersen. Suas obras infantis tem ilustrações divertidas e temáticas anárquicas.
10 - JÚLIA E SUA SOMBRA DE MENINO
FOTO: DIVULGAÇÃO
 CAPA DE 'A HISTÓRIA DE JÚLIA E SUA SOMBRA DE MENINO'
 
 O livro narra a história de Júlia, uma menina que é muito criticada pelos pais porque se parece com um menino. Um dia, ela percebe que a sua sombra se tornou um garoto. A obra, famosa na França, narra a descoberta da própria sexualidade. Foi traduzida, mas a edição brasileira manteve as ilustrações originais.
Fonte:nexojornal.com.br

30 Maneiras de escrever o alfabeto com diferentes materiais. Experimente!



A entendimento da prática da escrita, por crianças em idade escolar, especialmente, é rodeada por desafios e dificuldades. Sejam questões de ordem emocional, social, psicológicas, pedagógicas, ambientais, ou um conjunto destas, que de algum modo dificultam a compreensão e aquisição da escrita.
E em se tratando de letras, há uma série de informações a serem aprendidas e compreendidas sobre elas como: traçado, tamanho, grafismo, formas, tipologia. Enfim, como vemos, uma série de conceitos que o aprendente precisará dominar.

No entanto, o domínio desse conhecimento pode se tornar mais simples e prazeroso se realizado com ações lúdicas e significativas para a criança. Desprezando assim, práticas mecânicas e repetições desnecessárias. Vamos conferir algumas dicas e sugestões para uma boa e divertida prática da nossa escrita:

1.  Com dedo no chão, na areia
2.  Com tinta no dedinho
3.  Com raspas de giz de cera colorido
4.  Com lápis de cor aquarelado
5.  Numa caixa com areia
6.  Numa caixa com sal
7.  Numa caixa com farinha
8.  Modelando no jornal
9.  Desenhando no papel com cola branca
10. Com cola colorida
11. Com barbante, molhado na cola
12. Com lã, colando no papel
13. Com palitos de picolé
14. Com caixas de pasta de dente
15. Com massinha de modelar colorida
16. Com caixas de fósforo
17. Com tampinhas de garrafa pet
18. Com canetinhas grossas
19. Com canetinhas finas
20. Com giz de cera grosso
21. No chão, com giz de várias cores
22. Com carimbos de letras vazadas
23. Com o dedinho no ar
24. Com fitas de cetim fininhas
25. No teclado do computador
26. No teclado de uma antiga máquina de escrever
27. Com letras em EVA 
28. Recortando no papelão fininho
29. Com joguinho LEGO
30. Usando as mãozinhas com o alfabeto da nossa LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

Vamos experimentar e brincar de escrever!!! 



quinta-feira, 21 de abril de 2016

Dindinha e Lelinha - Brincando de contar histórias








A prática da leitura, leitura de mundo, leitura da palavra, por crianças na Educação Infantil é fundamental para o desenvolvimento pleno do sujeito, como co-autor e partícipe no contexto das relações e interações sociais.
Tendo em vista o imaginário infantil, rodeado por um cenário propício ao encantamento, ao lúdico, à expressividade, à criatividade, à oralidade, salientamos a importância do hábito da leitura como forma de inserção no mundo letrado, e não só isso, como também, o conhecimento de outras culturas, e seu legado histórico tão necessário ao desenvolvimento cidadão.

Dessa maneira apresentamos o Projeto: Dindinha e Lelinha – Brincando de contar histórias. Que visa mostrar ao público infantil o mundo maravilhoso da contação de histórias, percorrendo nossas lendas, parlendas, fábulas, contos, adivinhas, trava línguas, cantigas de roda, desenvolvendo o gosto pela leitura e o conhecimento da nossa cultura popular.


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Dia do Livro Infantil - Saia Literária






Dia dedicado a leitura. Dia do livro infantil. Professora Rochelly Alves e sua linda saia literária. Cor, leitura e muita diversão.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

quarta-feira, 16 de março de 2016

Portal Trilhas

Resultado de imagem para portal trilhas




Site com muitas dicas e propostas para aprimorarmos nossa prática pedagógica. Vale muito a pena conferir amigos! São dicas de leitura, escrita, oralidade, Educação Inclusiva, vídeos, e muito mais! Faça seu cadastro e recebam dicas  pelo endereço eletrônico:

http://www.portaltrilhas.org.br





 







segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Dez Obras para conhecer a Literatura Indígena

Por: JANICE CRISTINE THIÉL 
Postagem: 12:00 18/01/2016     
Dez obras para conhecer a Literatura Indígena

Especialista em Literatura Indígena, Janice Thiel selecionou, a pedido de Carta Educação, 10 obras escritas por índios e não-índios. Pode ser um bom ponto de partida para trabalhar a temática indígena em sala de aula:

A Terra sem Males: Mito guarani

O mito guarani de A Terra sem Males é o foco desta obra direcionada para o público infantojuvenil. ?À simplicidade da narrativa somam-se a complexidade ?do mito e sua relevância ?na cultura guarani. O leitor ?não índio, possivelmente, construirá um diálogo de parte do mito com a narrativa bíblica do Dilúvio, mas a narrativa abre as portas para uma discussão sobre as especificidades ?da cultura desse povo. Informações que seguem ?a narrativa são acompanhadas por grafismos geométricos, ?que dialogam com formas de expressões indígenas. Questões diversas, como ?a história dos guarani, ?a resistência e diversidade indígena no Brasil, as migrações e a demarcação das terras podem ser aprofundadas, servindo como propostas ?para pesquisa.
A Terra sem Males: Mito guarani. São Paulo, Jakson de Alencar, Paulus, 2009 (Coleção Mistura Brasileira)

Das Crianças Ikpeng para o Mundo Marangmotxíngmo Mïrang

Os pequenos ikpeng são os guias de uma narrativa que descreve 24 horas em sua aldeia. O texto, acompanhado do filme que o inspirou, em um enredo circular e edição bilíngue, é ideal para apresentar a cultura do povo ikpeng, do Mato Grosso. A linguagem é concisa, mas densa de informações e possibilidades de discussão sobre o que aproxima e o que diferencia o povo ikpeng de outras culturas. Tarefas, brincadeiras, costumes passados e presentes, festas e rituais, objetos ancestrais e cotidianos, papéis sociais, medos e perigos da floresta, além de mudanças incorporadas pelo contato com culturas europeias, fazem parte da obra. O texto promove ?a abertura cultural ao outro ?e constrói pontes para a compreensão das diferenças sem preconceitos.Das Crianças Ikpeng para o Mundo Marangmotxíngmo Mïrang, de Rita Carelli (Adaptação e ilustrações). ?São Paulo: CosacNaify, 2014 (Coleção Um Dia na Aldeia)

A Terra dos Mil Povos: História indígena do Brasil contada por um índio

Este foi o primeiro livro escrito por um autor indígena brasileiro que li e a obra me apresentou novas possibilidades de ver os índios na história e na literatura. ?O texto mostra o poder da palavra na tradição ancestral indígena, aponta a pluralidade de etnias, conta como os povos nativos leem o mundo, constroem suas identidades e suas relações com os não índios, revelam respeito pelo poder criador e pela terra. O livro é um relato individual e ancestral, mas muito mais que isso: trata-se de um convite para conhecermos a história tribal brasileira, a contribuição e presença dos povos indígenas no Brasil de hoje.
A Terra dos Mil Povos: História indígena do Brasil contada por um índio, de Kaka Werá Jecupé. São Paulo: Peirópolis, 1998 (Série Educação para a Paz)  


Câmera na Mão, o Guarani no ?Coração

Ler O Guarani, de José de Alencar, constitui desafio para muitos jovens. Contudo, o texto de Scliar pode promover o interesse pela leitura da obra de Alencar. Em uma linguagem contemporânea, o narrador conta, em primeira pessoa, como foi motivado à leitura de ?O Guarani para produzir um filme e concorrer a um prêmio. O que o leitor acompanha, porém, é a trajetória do personagem que vai aos poucos se transformando em leitor, não só de livros, mas de discursos, estereótipos, realidades sociais e contextos culturais. O personagem e seus amigos leem ?O Guarani e o leitor também ?o faz, enquanto todos aprendem a apreciar criticamente a construção do índio pela literatura ?do século XIX.
Câmera na Mão, o Guarani no ?Coração, de Moacyr Scliar. ?2ª ed. São Paulo: Ática, 2008 

Kurumi Guaré no Coração da? Amazônia

De autor amazonense, a obra narra aventuras infantis e descreve o povo maraguá. Além de acompanhar registros da memória do narrador, uma auto e cosmorrepresentação, e ensinamentos dos povos da floresta, o leitor pode observar a composição multimodal do texto e os símbolos maraguá. Grafismos indígenas constituem uma poética que traduz uma vontade política de expressão de identidade, contam histórias complementares e podem sinalizar a origem do texto na tradição ancestral. A compreensão da obra envolve uma leitura dos símbolos maraguá, do Glossário Nheengatú e de termos regionais amazônicos. Há um enredo nos desenhos da obra de Yamã que lança o leitor para uma rede de significados construídos na interação entre palavra e imagem.
Kurumi Guaré no Coração da ?Amazônia, de Yaguarê Yamã. ?São Paulo: FTD, 2007

Wamrêmé Za’ra: Nossa palavra – Mito e história do povo xavante, de Sereburã

“Ouça o que dizem os antigos. Preste atenção na fala dos velhos sábios, pois eles guardam a Palavra Criadora.” Esta frase de Ailton Krenak, inserida em uma carta nas páginas iniciais desta obra, marca ?o tom do texto xavante. Um envelope contendo a carta inclui cartões-postais com ilustrações que narram histórias encontradas nos objetos de arte dos povos indígenas. Como um prefácio, as imagens anunciam as palavras dos membros mais velhos da aldeia Pimentel Barbosa. Suas vozes foram gravadas ?e traduzidas para a escrita por xavantes do Núcleo de Cultura Indígena. Em ?edição bilíngue, o texto é acompanhado por desenhos de jovens artistas da aldeia, fotos dos xavante e dos warazu, não índios, e por um panorama histórico que vai do século XVI ao século XX.
Wamrêmé Za’ra: Nossa palavra – Mito e história do povo xavante, de Sereburã; Hipru; Rupawê; Serezadbi; Sereñimirâmi. São Paulo: Editora Senac, 1998

Sepé Tiaraju: Romance dos Sete Povos das Missões

Há obras que buscam reconstruir, pela ficção, figuras indígenas heroicas. ?É o caso do romance que, narrado pela perspectiva ?de um jesuíta, em um vaivém da memória, destaca a resistência dos Sete Povos das Missões (RS) e de um dos líderes e guerreiros indígenas do Sul do Brasil, Sepé Tiaraju. No texto, Tiaraju é apresentado pela visão do colonizador, Michael, ou Padre Miguel. Seu olhar constrói o herói indígena e a história da colonização dos povos indígenas pela missão catequizadora dos jesuítas ?e pela política europeia. Documentos históricos, como os tratados de Tordesilhas e de Madrid, além de conflitos e migrações indígenas formam o contexto da obra.
Sepé Tiaraju: Romance dos Sete Povos das Missões, de Alcy Cheuiche. Porto Alegre: AGE, 2012 

O Karaíba: Uma história do pré-Brasil

No romance O Karaíba, Munduruku narra, em linguagem poética, a história de povos que viviam numa terra ainda não chamada Brasil, numa época na qual os índios não eram assim chamados. Não haviam sido colonizados, mas antecipavam mudanças vindas do contato com europeus. O texto nos apresenta essa terra como um personagem com um passado, com povos que vivem à sombra de uma profecia anunciada pelo velho Karaíba, de que ?“um grande monstro” viria ?e destruiria tudo. A obra preenche uma lacuna histórica e literária e apresenta costumes, crenças e leituras do mundo pela visão cultural indígena. Assim, constrói vozes para povos que não tiveram ?sua palavra registrada e enfrentaram a crueldade ?da colonização europeia ?e da escravidão.
O Karaíba: Uma história do pré-Brasil, de Daniel Munduruku. Barueri, SP.: Manole, 2010

Amazonas: Pátria da água = Water Heartland

Com prosa e poesia, Thiago de Mello traça sua gênese e conduz os leitores em uma viagem pela extensão do Rio Amazonas, percorrendo sua história e dos homens que nele navegaram: os índios que chegaram à Amazônia, as icamiabas, ?os exploradores e cronistas europeus e o poeta. Nesta edição bilíngue, que conta com as encantadoras fotografias de Luiz Cláudio Marigo, o poeta descreve com suavidade a beleza ?e a tristeza das águas, da floresta, das plantas e dos animais da Amazônia e trata de seus espíritos protetores, que tentam defender a floresta da ganância, do lucro, da caça predatória. ?O poeta retrata os cantos dos índios, suas angústias ?e sofrimentos, mas anuncia a esperança de que a vida ainda pode ser salva.
Amazonas: Pátria da água = Water Heartland. Textos e poemas, Thiago de Mello.  SP:  Boccato, 2007

Maíra

O entrelaçamento das culturas indígenas e europeias nunca esteve tão em evidência quanto neste romance de Darcy Ribeiro. Nele, o autor emprega seus conhecimentos para criar uma obra com esferas culturais e vozes narrativas que se cruzam: dos índios, dos não índios e dos seres sobrenaturais ou demiurgos. O texto revela o encontro de cosmogonias e o entrelugar cultural de Avá/Isaías, um índio mairum que se torna sacerdote cristão, ?e Alma, jovem carioca que vive com os índios. ?A história tem início com uma investigação policial, mas conduz à investigação das identidades culturais brasileiras, em uma narrativa cuja confluência de discursos é projetada ?no capítulo final. Vale a pena ler esta obra para apreciar seu caráter multicultural e literário.
Maíra, de Darcy Ribeiro. ?São Paulo: Global, 2014

Fonte: ceert.org.br